Atualização do mercado - 16 de junho de 2025: O G7 será unificado?

Acções em movimento, G7 em foco, geopolítica em movimento

Os mercados estão a começar a semana com cautela. Os investidores estão atentos a uma tempestade de potenciais movimentos de mercado, desde as reuniões dos bancos centrais até ao desenrolar da cimeira do G7, com um notável olhar lateral para o Médio Oriente.

Acções: Moderado mas estável

Os mercados dos E.U. estão ligeiramente no vermelho esta manhã. O S&P 500 desceu ~0,1%, com os investidores a ponderarem um mercado petrolífero volátil e um calendário macro repleto. As bolsas europeias estão mais optimistas, com o DAX, CAC 40 e FTSE 100 a registarem uma ligeira subida, devido ao tom mais calmo das actualizações das políticas dos bancos centrais esperadas para o final da semana.
As acções dos sectores da tecnologia e do consumo estão a oscilar, enquanto os nomes do sector da energia permanecem instáveis entre a subida dos preços do petróleo e a ansiedade geopolítica.

Petróleo e Geopolítica: Petróleo caro, manchetes tensas

O petróleo bruto subiu acentuadamente no final da semana passada com as novas tensões entre Israel e Irão, empurrando o WTI para o nível $77, embora desde então tenha perdido alguns ganhos. A preocupação? A escalada poderia reacender as preocupações com a inflação global, justamente quando os bancos centrais estavam a começar a respirar mais facilmente.
Com as rotas marítimas e os riscos de produção de volta às manchetes, os mercados estão nervosos. Os operadores do sector da energia estão atentos a todas as notícias. Entretanto, os investidores em acções estão a ajustar as expectativas de inflação em conformidade.

Bancos centrais: Pausa na política ou pivot?

Esta semana há um desfile de políticas: a Fed, o BoE, o BoJ, o SNB, entre outros. Não se esperam grandes surpresas por parte da Fed, mas as atenções estão viradas para o gráfico de pontos, especificamente, se os dois cortes projectados para 2025 continuam a ser credíveis.
Noutras partes do mundo, o SNB poderá optar por cortes, devido a dados de inflação mais fracos, enquanto o BoJ do Japão poderá avançar com uma orientação de redução gradual. Para já, a divergência de políticas continua a ser o nome do jogo.

Cimeira do G7: Sem comunicado, mas com muitos sinais

A Cimeira do G7 no Canadá é menos sobre grandes acordos e mais sobre a leitura das entrelinhas. Os líderes abandonaram o tradicional comunicado em favor de declarações políticas individuais, um sinal claro de que o consenso é frágil.

Principais conclusões:

- Tensões comerciais: Atrás de portas fechadas, a pressão está a aumentar sobre as tarifas automóveis dos EUA. A Europa e o Japão apelam à calma para proteger uma cooperação económica mais ampla.

- Sanções russas: A UE, o Reino Unido e o Canadá estão a propor um limite mais rigoroso para o preço do petróleo, mesmo que os EUA resistam.

- Médio Oriente: O conflito entre Israel e o Irão subiu à ordem do dia, com os dirigentes a coordenarem em privado estratégias de resposta, tanto económicas como de segurança.

Os mercados não estão a prever qualquer avanço que mexa com o mercado, mas os resultados bilaterais poderão afetar sectores sensíveis ao comércio.

Considerações finais

O mercado atual é um jogo de esperar para ver. Os investidores não estão a entrar em pânico, mas também não estão a avançar. A falta de coesão do G7 sublinha a incerteza geopolítica mais alargada, enquanto a mesa redonda dos bancos centrais desta semana poderá alterar as expectativas de taxas a nível global.
Resumindo: manter os olhos no petróleo, os ouvidos em Powell e um olhar de lado para o Canadá porque, embora nada tenha sido quebrado ainda, as próximas sessões podem fazer pender a balança.

Até à próxima, todos vós "Trade Safe"!

Por James Trescothick
Diretor de Estudos de Mercado e Análise de Mercado

Aviso de risco: Esta informação destina-se apenas a fins educativos e não constitui um conselho de investimento. Os mercados financeiros envolvem riscos e o desempenho passado não é indicativo de resultados futuros. Realize sempre a sua própria investigação e procure aconselhamento profissional antes de tomar decisões de investimento.

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